Juliano Farias
Executivo de growth
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O que a digitalização da escrita está tirando de nós?

Hoje vou falar sobre algo que, não importa o quanto a tecnologia evolua, faz parte do dia a dia das pessoas em qualquer lugar do mundo: o ato de escrever. Seja uma mensagem no WhatsApp ou um recado em um post-it para não esquecer de algo importante, é muito comum que em diversos momentos do dia a gente pare para escrever alguma coisa. 

No entanto, precisamos admitir que a digitalização mudou a forma como nos comunicamos por meio da escrita. Se você tem mais de 25 anos, assim como eu, provavelmente se lembra da época da escola, quando a professora passava todo o conteúdo no quadro e nós tínhamos que copiá-los à mão no caderno. Hoje em dia, muitas escolas já aposentaram esse método de aprendizagem e substituíram as folhas de papel pautadas pelas telas de computadores e tablets

Mas, afinal, o que a digitalização da escrita está tirando de nós?

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia (NTNU) e publicado na revista científica Frontiers in Psychology destacou a relevância da escrita à mão nos processos cognitivos ligados à aquisição de conhecimento. Para chegar aos resultados, foram coletados dados de eletroencefalograma de um grupo de 36 estudantes universitários.

Entre os benefícios da redação analógica, os pesquisadores observaram: 

Melhoria da memória

Quando se escreve à mão, a memorização visual das letras e da estrutura das palavras envolve a ativação da área cerebral ligada à memória, o que promove o estímulo e o exercício da capacidade cognitiva.

Processo de aprendizagem mais eficaz

Escrever com papel e caneta requer sincronia entre o cérebro e a mão para manipular a caneta e formar as palavras no papel. Os pesquisadores observaram que a ativação das áreas visuais, sensoriais e motoras do córtex cerebral contribuiu significativamente para a melhoria dos processos de assimilação de novos conhecimentos. Ou seja, se você deseja aprender algo de forma mais eficiente, é recomendável escrevê-lo manualmente.

Maior estímulo à criatividade

Escrever à mão permite uma sensação de liberdade e fluidez que pode não ser experimentada ao digitar em um teclado. Você pode desenhar, rabiscar, fazer anotações marginais e experimentar diferentes estilos de escrita, o que estimula a originalidade.

Maior desenvolvimento da lógica

Outro estudo - conduzido pela professora Virginia Berninger, da Universidade de Washington (EUA) - revelou que alunos que escreviam à mão tinham uma capacidade maior de desenvolver ideias, demonstravam mais velocidade na escrita e utilizavam um vocabulário mais amplo em comparação com aqueles que digitavam.

Maior concentração e foco

Um papel em branco é um lugar livre de notificações e estímulos digitais, o que o torna uma ferramenta ideal para desenvolver a concentração e o foco. Ao optar pelo papel, evitamos as distrações das telas e damos maior atenção ao que estamos fazendo.

É claro que a escrita em papel e caneta não se aplica a alguns contextos. Um redator, por exemplo, precisa de ferramentas como o Word para produzir seus conteúdos. No entanto, vale levar esses pontos em consideração e começar a aplicar a escrita analógica no dia a dia. Aqui vão algumas dicas de como fazer isso:

  • Ter um diário para escrever como foi o seu dia;
  • Utilizar uma agenda de papel para anotar compromissos;
  • Aderir a um planner para prever suas metas;
  • Utilizar um bloquinho para anotar o que precisa ser feito no dia/semana;
  • Escrever cartas para as pessoas que você gosta;
  • Praticar métodos de caligrafia, como o lettering

E aí, gostou de saber mais sobre os benefícios da escrita à mão? Me conta lá nos comentários do post no Instagram da MAVERICK :) 

Se quiser mais informações sobre o assunto, recomendo esses links:

  • Estudo revela os benefícios de escrever à mão; é como “superpoder” para melhorar memória e aprendizado (IGN Brasil)
  • Aprender a escrever à mão na era digital: necessidade ou nostalgia? (Público)
  • O que perdemos deixando de escrever à mão? (A Mente é Maravilhosa)
AUTOR DO TEXTO:
Jéssica Ramiro
Jornalista | Redatora
É formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Faculdade IELUSC e já realizou diversos cursos nas áreas de produção de conteúdo e gerenciamento de mídias sociais.

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